Ilusões Brilhantes...
Estava eu a dar inicio a minha segunda travessia do rio Tejo, pela conhecida Ponte 25 de Abril, quando um garrafão cheio de carros me faz esperar alguns minutos….mais alguns…e ainda mais alguns. No rádio, Elliott Smith, tentava a todo o custo envolver-me na sua música, e assim levar o tempo a passar mais depressa, assim aconteceu. Finalmente cheguei ao guiché da portagem, e depois, cheio de animo acelerei por ali fora no meu Patmobile.
Já em pleno tabuleiro, e a uma velocidade mais moderada, reparei que o sol hoje estava mais tímido do que o costume, e nem um raiozito enviava, talvez por isso, os gelados com pauzinho, começassem a crescer na estrutura metálica da ponte, ora vermelhos, ora azuis, também havia verdes, enfim, uma visão fresquinha o suficiente para me fazer ligar o ar condicionado pró quentinho.
O grande mistério começa, ao chegar a dois terços do tabuleiro, quando um estranho nevoeiro, que se ergueu, não sei de onde, envolveu o meu Patmobile. Este, assustado apitava e fazia sinais de luzes em claro sinal de inquietação. Travei-o e desliguei-o, para ver se ele se acalmava, e sai calmamente para a zona do tabuleiro. Não se via absolutamente nada, a não ser uma espessa neblina. O chão era fofo, parecia ervado, o frio estava a aumentar. Um pequeno arrepio, depois umas fungadelas, e logo em seguida um espirro. O som do espirro ecoou pelas redondezas. Vindo não sei bem de onde, um tímido raio de sol, aproximou-se. Analisou-me de alto a baixo, e em seguida, encostou-se a mim. Colocando os dedos na boca, assobiou. De repente dezenas e dezenas de raios de sol, aqueciam-me de forma simpática e desinteressada.
O nevoeiro esbateu-se, e um quadro ergueu-se. Á minha volta uma paisagem fenomenal, montanhas a oeste, planícies a sul, uma pequena aldeia, aqui mesmo, sim, neste momento tomei consciência que estava numa realidade paralela.
As pessoas pareciam felizes, as crianças cantavam e brincavam, os animais falavam com elas, os unicórnios puxando bonitas carruagens, num relance olhei para o Patmobile, pois é, tinha-se transformado numa carroça puxada por um burro…eu sabia que devia ter comprado um Patmobile a gasolina, enfim pelo menos come pouca palha… no meio daquele mundo de cores, de cheiros, de vida, uma só ideia me ocorreu. Para mais tarde não ser traído pela memória, resolvi, escrever, tudo o que estava a ver. Sentei-me num calhau em forma de poltrona IKEA e abri o portátil. Freneticamente me entreguei a escrita, todos os detalhes, todos ou pormenores, todos os sons, todos os jeitos, eu queria escrever sobre tudo aquilo, mas um bip bip, que acompanhava o meu frenético teclar, estava a marcar uma incomoda presença…a bateria estava a dar de si, e corrente eléctrica, nem vê-la, os pirilampos eram a única presença luminica, alem do sol, que chegavam com o cair da noite, para ordeiramente entrarem em grandes campânulas transparentes e de lá iluminavam a pequena aldeia...bip.. bip…com o tempo a esgotar-se e muito para escrever…bip.. bip…estava na altura de revelar o grande segredo…bip.. bip…daquela civilização…bip.. bip…………a bateria foi de facto ao ar, mas eu não, e da mesma maneira que fui, voltei, sendo que de repente já estava de volta no meu Patmobile, que ainda cheirava um pouco mal, mas devia ser só falta de uma limpeza, para terminar a minha travessia do rio Tejo.
Não sei se isto assim foi, ou se mesmo aconteceu, mas sonhar é tão bom, e se por uma milésima de segundo, nos for permitido, sonhar assim, então venham duas ou três milésimas por dia, pois é sinal de saúde e alegria…
Já em pleno tabuleiro, e a uma velocidade mais moderada, reparei que o sol hoje estava mais tímido do que o costume, e nem um raiozito enviava, talvez por isso, os gelados com pauzinho, começassem a crescer na estrutura metálica da ponte, ora vermelhos, ora azuis, também havia verdes, enfim, uma visão fresquinha o suficiente para me fazer ligar o ar condicionado pró quentinho.
O grande mistério começa, ao chegar a dois terços do tabuleiro, quando um estranho nevoeiro, que se ergueu, não sei de onde, envolveu o meu Patmobile. Este, assustado apitava e fazia sinais de luzes em claro sinal de inquietação. Travei-o e desliguei-o, para ver se ele se acalmava, e sai calmamente para a zona do tabuleiro. Não se via absolutamente nada, a não ser uma espessa neblina. O chão era fofo, parecia ervado, o frio estava a aumentar. Um pequeno arrepio, depois umas fungadelas, e logo em seguida um espirro. O som do espirro ecoou pelas redondezas. Vindo não sei bem de onde, um tímido raio de sol, aproximou-se. Analisou-me de alto a baixo, e em seguida, encostou-se a mim. Colocando os dedos na boca, assobiou. De repente dezenas e dezenas de raios de sol, aqueciam-me de forma simpática e desinteressada.
O nevoeiro esbateu-se, e um quadro ergueu-se. Á minha volta uma paisagem fenomenal, montanhas a oeste, planícies a sul, uma pequena aldeia, aqui mesmo, sim, neste momento tomei consciência que estava numa realidade paralela.
As pessoas pareciam felizes, as crianças cantavam e brincavam, os animais falavam com elas, os unicórnios puxando bonitas carruagens, num relance olhei para o Patmobile, pois é, tinha-se transformado numa carroça puxada por um burro…eu sabia que devia ter comprado um Patmobile a gasolina, enfim pelo menos come pouca palha… no meio daquele mundo de cores, de cheiros, de vida, uma só ideia me ocorreu. Para mais tarde não ser traído pela memória, resolvi, escrever, tudo o que estava a ver. Sentei-me num calhau em forma de poltrona IKEA e abri o portátil. Freneticamente me entreguei a escrita, todos os detalhes, todos ou pormenores, todos os sons, todos os jeitos, eu queria escrever sobre tudo aquilo, mas um bip bip, que acompanhava o meu frenético teclar, estava a marcar uma incomoda presença…a bateria estava a dar de si, e corrente eléctrica, nem vê-la, os pirilampos eram a única presença luminica, alem do sol, que chegavam com o cair da noite, para ordeiramente entrarem em grandes campânulas transparentes e de lá iluminavam a pequena aldeia...bip.. bip…com o tempo a esgotar-se e muito para escrever…bip.. bip…estava na altura de revelar o grande segredo…bip.. bip…daquela civilização…bip.. bip…………a bateria foi de facto ao ar, mas eu não, e da mesma maneira que fui, voltei, sendo que de repente já estava de volta no meu Patmobile, que ainda cheirava um pouco mal, mas devia ser só falta de uma limpeza, para terminar a minha travessia do rio Tejo.
Não sei se isto assim foi, ou se mesmo aconteceu, mas sonhar é tão bom, e se por uma milésima de segundo, nos for permitido, sonhar assim, então venham duas ou três milésimas por dia, pois é sinal de saúde e alegria…
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