Expresso Polar. Parte I. Um caracol, a caminho do Pólo Norte…
“Todos a booooordo…”, grita ao fundo uma voz… Rudolfo, de antenas levantadas, mas sem vontade de sair da cama quentinha, começa lentamente, a abrir os olhos…primeiro um, bastante colado com as ramelas da noite, depois o outro ainda a resmungar e a contra gosto. De repente, uma voz mais familiar, “Rudolfo, levanta-te querido, olha que vais perder o comboio…”, fez-se luz, era o dia de apanhar o expresso para o Pólo Norte, há seis meses que Rudolfo esperava por isto…
Há seis meses, atrás, na aula de português da senhora Catatua, foi apresentado um desafio, a nível nacional, a todos os alunos de português. Tratava-se de um concurso, em busca de novos talentos, na escrita. Era pedido aos alunos, que escrevessem uma pequena historia, sobre um tema a escolha, e o mais original de cada escola, ganharia uma viagem ao Pólo Norte, no famoso Expresso Polar.
Rudolfo, que é, um dos maiores fãs de Tom Hanks, à superfície da terra, e é do conhecimento geral, que é ele, que conduz o Expresso Polar, estava empenhadíssimo em ganhar, este prémio.
Foram dias e dias, de árduo trabalho, paginas e páginas batidas na velha maquina olivetti, até porque, devido a condição parca de sua família, Rudolfo não tinha ainda um computador. Mas, numa bela manha de Sol, a história de Rudolfo estava pronta. Contava-nos a luta difícil de uma lesma, que tinha sido criada com uma família de caracóis, mas depois, como nunca lhe nascera uma carapaça, acabara desprezada, tendo uma interminável série de peripécias, até ser acolhida pelos seus semelhantes, e finalmente ser feliz. Era uma história muito comovente, baseada em factos reais, até porque no bairro onde Rudolfo morava, havia muito este tipo de histórias, e estas, eram bem reais…
Já levantado, e de banho tomado, Rudolfo, lá correu os quarenta centímetros, que distavam da sua casa, ao comboio. Do alto da sua maquina fumegante, o condutor, gritou mais uma vez, “Todos a Boooooooordo……” e Rudolfo rejubilou, com a visão do seu “amigo” Tom, bem, não era bem o Tom Hanks, mas a voz era igualzinha, e o brilho dos olhos do nosso amigo, aumentou ainda mais, aumentou tanto com a emoção, que se viu privado da visão por uns segundos, e o primeiro percalço da viagem, aconteceu, chocou contra o Joca, o antipático melro preto da escola vizinha, que estava a tentar entrar, com as suas 4 malas para o Comboio.
Após uma troca de palavras mais azedas, prontamente amenizadas, pelo coelho anão Óscar, um aluno mais maduro, lá entraram todos para o compartimento reservado, ás jovens promessas da literatura portuguesa.
Ouviu-se um último “Todos a booooooordo…”, seguido de um, “Ton toi toi…Atenção, senhores passageiros, o comboio estacionado na linha numero 1, é o Expresso Polar, com destino ao Pólo Norte. Tem paragens, na Gare do Oriente, Coimbra, Porto, Penhas Douradas, Paris, Copenhaga (redução de velocidade, apenas para largar lá, o João Ratão, que vai a pendura), passagem a baixa altitude pela Suécia, e finalmente, Pólo Norte, o nosso destino final. Na ultima carruagem, esta a vossa inteira disposição, um bar/restaurante, inteiramente equipado, para satisfazer os pedidos mais audazes. A C.P., deseja-lhes uma boa viagem, e boas festas…ton toin toin…”. E foi assim, que a aventura, do nosso amigo Rudolfo, teve o seu inicio…
Há seis meses, atrás, na aula de português da senhora Catatua, foi apresentado um desafio, a nível nacional, a todos os alunos de português. Tratava-se de um concurso, em busca de novos talentos, na escrita. Era pedido aos alunos, que escrevessem uma pequena historia, sobre um tema a escolha, e o mais original de cada escola, ganharia uma viagem ao Pólo Norte, no famoso Expresso Polar.
Rudolfo, que é, um dos maiores fãs de Tom Hanks, à superfície da terra, e é do conhecimento geral, que é ele, que conduz o Expresso Polar, estava empenhadíssimo em ganhar, este prémio.
Foram dias e dias, de árduo trabalho, paginas e páginas batidas na velha maquina olivetti, até porque, devido a condição parca de sua família, Rudolfo não tinha ainda um computador. Mas, numa bela manha de Sol, a história de Rudolfo estava pronta. Contava-nos a luta difícil de uma lesma, que tinha sido criada com uma família de caracóis, mas depois, como nunca lhe nascera uma carapaça, acabara desprezada, tendo uma interminável série de peripécias, até ser acolhida pelos seus semelhantes, e finalmente ser feliz. Era uma história muito comovente, baseada em factos reais, até porque no bairro onde Rudolfo morava, havia muito este tipo de histórias, e estas, eram bem reais…
Já levantado, e de banho tomado, Rudolfo, lá correu os quarenta centímetros, que distavam da sua casa, ao comboio. Do alto da sua maquina fumegante, o condutor, gritou mais uma vez, “Todos a Boooooooordo……” e Rudolfo rejubilou, com a visão do seu “amigo” Tom, bem, não era bem o Tom Hanks, mas a voz era igualzinha, e o brilho dos olhos do nosso amigo, aumentou ainda mais, aumentou tanto com a emoção, que se viu privado da visão por uns segundos, e o primeiro percalço da viagem, aconteceu, chocou contra o Joca, o antipático melro preto da escola vizinha, que estava a tentar entrar, com as suas 4 malas para o Comboio.
Após uma troca de palavras mais azedas, prontamente amenizadas, pelo coelho anão Óscar, um aluno mais maduro, lá entraram todos para o compartimento reservado, ás jovens promessas da literatura portuguesa.
Ouviu-se um último “Todos a booooooordo…”, seguido de um, “Ton toi toi…Atenção, senhores passageiros, o comboio estacionado na linha numero 1, é o Expresso Polar, com destino ao Pólo Norte. Tem paragens, na Gare do Oriente, Coimbra, Porto, Penhas Douradas, Paris, Copenhaga (redução de velocidade, apenas para largar lá, o João Ratão, que vai a pendura), passagem a baixa altitude pela Suécia, e finalmente, Pólo Norte, o nosso destino final. Na ultima carruagem, esta a vossa inteira disposição, um bar/restaurante, inteiramente equipado, para satisfazer os pedidos mais audazes. A C.P., deseja-lhes uma boa viagem, e boas festas…ton toin toin…”. E foi assim, que a aventura, do nosso amigo Rudolfo, teve o seu inicio…
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