O silencio e a cumplicidade, nas curvas da Serra…

As enormes, e belíssimas, árvores centenárias, acolhiam-me com doçura a afabilidade, mas recomendavam prudência há passagem, e prudência foi o que eu tive. Calmamente, deslizei, serra a cima, serra a baixo, um pequeno declive agora, outro acolá, tentando conservar ao máximo, aquele, deliciosamente fantástico, silêncio nocturno. Se o espaço lá fora, estava agradável e harmonioso, o que dizer do meu pequeno reduto de circunstância.
A sensação, de enorme cumplicidade, é algo, de alucinante, desarmante e até um pouco inibidora ao início, depois…depois é aproveitar, porque estas coisas não acontecem todos os dias. É sonhar, que a vida, podia ser feita, de inúmeros episódios como este, assim se encontrassem os momentos, os locais, e as pessoas para os proporcionarem.
De facto é impressionante, como há pessoas, que entram pela porta dos fundos, ficando confinadas, apenas as frias e impessoais catacumbas, mas de repente, sem elas se aperceberem, e sem nós próprios, dar-mos por isso, invadem o espaço, conquistam o seu território, e até, dão um novo ar, á casa que invadiram, isto tudo, de uma forma genialmente simples, e simplesmente maravilhosa…É muito bom, sentirmos este tipo de invasão. Tudo, no momento desta percepção, passa a fazer sentido, a vida torna-se por instantes fácil, linda, magnifica…é destes, pequenos momentos mágicos, que me vou alimentando.
Obrigado à lua, por brilhar no alto, obrigado à noite, pelo negro sóbrio, ás estrelas que se penduraram no céu e dançaram ao ritmo das músicas, ás arvores que me recomendaram e deram tranquilidade, ao silencio que criou o ambiente, e obrigado a ti, minha querida e doce amiga, por existires comigo, nestes momentos inesquecíveis…
"Sorrindo e caminhando, a vida, vamos levando..."
Comentários