"Ubuntu" (fazemos todos parte, uns dos outros)...

“Nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais acontecerá, que esta terra, volte a sofrer, a opressão de um homem por outro” Nelson Mandela.

Corria o ano de 1994, chegara finalmente, o fim do brutal sistema do apartheid Sul-Africano. Num espírito de reconciliação, o Presidente Nelson Mandela e mais alguns dirigentes, ofereceram uma amnistia, aos responsáveis por delitos/crimes, aos direitos do homem, desde que, estes responsáveis, contassem toda a verdade e provassem estar a obedecer a ordens superiores. As vítimas teriam também, oportunidade, de contar as suas histórias e confrontar os seus carrascos.
Este é o enredo, baseado em histórias muito reais, de “Um Amor em Africa”. O meu filme do fim-de-semana.
Transportados, pelas mais belas planícies e paisagens Sul-Africanas, “Um Amor em Africa” é um filme de dor, de mágoa, de confronto, de acareação, de redenção, de apaziguamento.
Contando com, brilhantes interpretações, quer de Samuel L. Jackson, quer de Juliette Binoche, este filme de John Boorman, leva-nos por um mundo de emoções, todas elas vividas também, por quem esta atrás do ecrã. O intercalar, de bonitos cenários, de uma fantástica banda sonora, é apenas o intervalo que precisamos para acalmar os nossos sentidos, para nos recompor-mos, e sermos novamente “atacados” por mais outra história, ainda mais violenta, ainda mais agressiva, ainda mais hedionda.
“A Comissão da Verdade e Reconciliação, ouviu 21.800 pessoas, todas elas com historias horrivelmente trágicas, ouviu uma série de agressores, ilibou pouco mais de um milhar…
Este foi, um início importante, embora violento, para as feridas muito profundas, provocadas pelo apartheid. Este é, um filme recomendado, pelos “Comentários de Passagem” e o seu autor.

“Devido a ti, este país, já não nos separa. Dentro de nós, ele respira e apazigua, depois de ter sido ferido na sua prodigiosa garganta. Aninhado na minha cabeça, ele canta, incendeia-me a língua. Por um milhar de contos, foi-me implantada uma nova pele, fui para sempre mudada. Quero ainda dizer-te, perdoa-me, perdoa-me, perdoa-me.”

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