Grito...
Não sei porque grito, não sei porque berro, esperneio ou mesmo barafusto, acho que estou farto de uma série de coisas, de uma série de pessoas, de uma série de questões, de uma série de situações.
Quando acordo de manha, o mundo começa azul, brilhante, iluminado, o sol que me apanha de frente e me deixa de sorriso rasgado. Mas o dia vai correndo, e correndo, e fica fosco, sem sentido, abafado, monótono, sem vida.
Faço um esforço, falo a um amigo, bebo uma bica, olho para o mar, mas algo me escapa, algo que não estou a conseguir explicar.
Um pensamento doce, uma mensagem simpática, um sorriso nos lábios, sei que chegou a noite.
O céu inundado de estrelas, faz-me perder os sentidos, as horas, os minutos, os segundos. Faz-me repousar no meu descanso, no meu aconchego, no meu espaço.
Os olhos que quase se fecham, deixam passar uma luz lunar pelo cantinho que preguiçoso ou valente, ainda luta contra o sono, e é nessa altura, que tu, ligeira e cintilante, entras e me invades, fazendo-me acreditar, que amanha, será um novo dia, e que tudo será azul novamente…
Sorrindo e caminhando, a vida, vamos levando…
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