Stormy day...


Nem sempre o melhor caminho, é o que nos é mais evidente, nem sempre a melhor resposta é aquela que nos dão, nem sempre uma lágrima tem por resposta um sorriso, nem sempre um sol tem uma lua por oposto, nem sempre uma magoa antecede uma alegria, nem sempre um conforto precede um desagrado, nem sempre as coisas boas se seguem as coisas más, as vezes basta uma ligeira mudança de perspectiva para as coisas boas se seguirem as coisas boas ou vice versa.
O mundo anda em constante equilíbrio, umas vezes estamos em cima da onda, outras dentro dela, o importante é saber “estar” quando estamos em cima, e saber lutar, quando nos encontramos em baixo, e isso sim é a grande dificuldade, e isso sim, é a grande sabedoria das pessoas dos nossos dias, sujeitas aos mais variados tipos de pressões e solicitações, vivendo sobre uma estreita linha de equilíbrio e desequilíbrio…

Hoje está um dia cinzento, ao largo as ondas fortes, batem contra as rochas com ferocidade…enrolado por uma e outra onda, vou andando ao sabor das correntes marítimas, vou rolando ao sabor da vontade, vou rolando ao som da apatia…lutar para vir a tona? Hoje, não me apetece, mas amanha já é outro dia…

Comentários

Unknown disse…
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro
Anónimo disse…
Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para quê te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro
(Versão Completa)
Neptuna disse…
E às vezes quando se está no topo da montanha, temos dificuldade em lá estar. Porque não sabemos aproveitar lá estar, no presente, com medo de voltar ao vale. Com medo da queda e do mergulho não permitimos desfrutar na integridade a vista que temos lá de cima.

Mas quando se está no vale, temos a possibilidade de aprender a valorizar a aprendizagem.. e quem sabe aprender a integrar essa aprendizagem. Não é fácil, mas é um processo valioso, não é?
Olavo disse…
Perdi-me, no meio de tanta poesia,
perdi-me...

Perdi o fio condutor,
perdi a vontade a ele agregada,
perdi o sentimento, donde ele cresceu.
Perdi o rumo às ideias,
perdi o equilibrio dos gestos,
perdi o dom das palavras,
perdi a clareza de espirito,
perdi a docura dos actos,
perdi o corpo,
perdi a alma,

no fim acabei por descobrir que não perdi a essência,
no fim acabei por perceber que nos vales, também se aprende,
no fim acabei por aceitar que nem todos nos entendem…

PS: Sai um caramelo, para a menina Neptuna, pela assertividade do comentário...

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