Ruas estreitas, mas cada vez mais luminosas...


Hoje o dia acordou mais brilhante, com menos nuvens espessas e carregadas, com uma serenidade contundente e à muito não vista…
Desperto, mas sem ânsia de me levantar, desfruto os últimos momentos de relaxante tranquilidade, de aconchegante doçura, de exalada acalmia.
Num pulo previamente estudado e criteriosamente avaliado, salto cama fora, e num movimento rápido de pés, chinelos peludos e quentinhos calçados cobre a zona fria. Rapidamente caminho direito ao pátio, para assim ver de perto o que de bom uma manhã de um Inverno prematuro, tem para oferecer.
O frio intrépido é agora penetrante, invade-me o corpo ainda morno da noite que terminara à uns minutos…
Um pequeno espirro, e mais um sorriso relaxado, sinto-me bem, embora com a leve suspeita de vir ai um resfriado. Olho em volta, e vejo como são aproveitados os primeiros raios de um tímido e apenas tépido Sol matinal. Nem o rei, nos consegue aquecer num dia destes.
Sentado no degrau que me separa da caminhada até ao banho de despertar, largo no vento mais alguns pensamentos simpáticos, doces, afáveis, que outrora teria ignorado, que outrora teria consumido em fogo lento, internamente.
Na saída do “castelo” com o som do rádio a convidar ao gentil toque no pedal da direita, sigo por estreitas ruas, de zona tipicamente rural.
Com o mar, ao fundo, e penetrando em profunda zona verde, fortemente castigada pelas chuvas, vou serpenteando como se o carro do carteiro Pat conduzisse. O sol ao fundo, já consegue gritar presente, e nessa altura pude exclamar, que dia brilhante, vamos ter hoje. As palavras ainda saem envoltas em nublosa nuvem de vapor, mas este é apenas um singelo reflexo do calor interior.
As ruas estão muito estreitas, e levaram semanas e semanas a encolher, agora que o sorriso foi resgatado, …

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