Bem estar...

Era manhã, e a planície apresentava-se coberta por um nevoeiro espesso, como se de neve branca gaseificada se tratasse.
O sol já ia alto, mas nada, apontava para um dia molhado que iria acontecer, molhado de risos, conversas, amizades dispersas, que se concentram e dão o seu melhor.

A chegada ao monte, é feita com descontracção, éramos os últimos mas os ditados servem bem para estas ocasiões. Alem disso, entre amigos, esse tipo de questões, nunca se põem, estávamos ali, para celebrar uma data, e para nos celebrar-mos mais um ano.

As conversas, flúem, como se nos tivéssemos visto ontem. Os diálogos, já não são criançolas, mas levam em certas alturas a pimenta necessária para agarrar um sorriso malandro. Percorre-se a actualidade, comentam-se as ausências, as presenças, o tempo, a intensidade da luz…enfim, tudo se fala, tudo se conversa, tudo serve de desculpa para estarmos no meio das melhores pessoas do mundo, como são os amigos.
Entre gargalhas e costeletas assadas, vem um tinto, ou uma cervejola, e deixo por momentos de os ouvir, vejo apenas os seus lábios a mexer e as suas expressões compenetradas e maduras quando dissertam sobre os mais variados assuntos.
Como cresceram os meus amigos, como estão mais maduros, mais vividos. Deixo-me levar por um sorriso, um sorriso de felicidade, por ver que todos, à sua maneira, estão bem.
Alguém capta o meu sorriso, e interpela-me como que se eu estivesse a ouvir a conversa…e assim me deixei ir de volta para o meio deles...

O sol foi…e voltou…e mais um pouco do que somos, por ali ficou…