Delírios gelados...
Cai neve no meu coração
E numa alma já gelada,
No piso deslizante e escorregadio,
Despisto-me desequilibro-me
Não caio por um fio…
Cai neve, está frio…está muito frio,
Tudo se esconde, tudo encolhe,
O azar, dizem não escolhe,
Mesmo assim,
continua apontado a mim…
Entro por fim em casa,
e por lá me deixo findar
Busco a lareira quente
Que embora nunca presente
Permite que eu possa sonhar
Chega mais perto
Com palavras ou com actos,
Chega-te junto a mim
E deixa o calor sem fim,
Por fim tomar conta de mim
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