Emoções com delay...

Com as lágrimas que não verti na hora certa, no local indicado, na situação em causa, pinto palavras que não passam de fugazes nuvens que o vento se encarrega de transportar para todo o lado, mas que não é capaz de extinguir por completo…
Olhando os pequenos castelos celestes que lentamente se desvanecem da minha mente, penso em como a vida as vezes é excruciante, principalmente quando julgamos, plenos de sapiência, que já enfrentamos o pior, o mais doloroso, o mais carregado e relampejante céu. É alias nessas alturas, que somos novamente esbofeteados de forma violenta, quiçá cruel, para nos lembrar o quanto custa viver em busca de uma pretensa felicidade, que parece estar sempre “quase ali”.
Os castelos vão ficando invisíveis, mas os sonhos não se extinguem por completo, visto que eu não posso deixar que me levem os pseudo-delirios, que com tanta doçura pintei, usando os mais delicados pincéis, as mais finas tintas e o mais doce amor…
As promessas feitas em nome da razão, ornamentam um estar e um ser, que prima acima de tudo pelo respeito, pela consideração e pela admiração. Mas o sonho, o desejo, a vontade, a paixão, a ternura, esses podem até ser minimizados, fazendo eu de conta que eles não existem, assumindo até uma postura autista, mas eles estão lá, com toda a razão de existirem, apenas a tua espera…

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